Isso digo da mesma forma que diria que não adianta ficar no campo das idéias sem transportar tudo aquilo que se pensa de alguma maneira pelo menos, se é que você é um ser capaz, para a prática, embora isso seja tentador.È que é muito desgastante ficar ouvindo os tais elogios a sinceridade, e estou cansado deles. E eles vem das formas mais variadas: "Você viu, fulano rasgou o verbo!" "Me desculpa se te magoou mas è assim que eu penso." "Me desculpe se fui duro mas...”, etc. Vem das formas mais hipócritas possíveis. Mas porque digo isso, você deve estar se perguntando. É simples.
Esse discurso vem sendo instrumentalizado, de forma massiva e ilimitada, politicamente
para defender as idéias mais ultradireitistas possíveis. Você lê um jornal,
assiste à um vídeo no youtube (que aliás esta cheio desses blogueiros
estúpidos, alguns deles já viraram caso de polícia federal), assiste à matéria
de algum jornal televisivo e lá estão eles, com belos tons de voz, com jeitões
de mestre, com poses de filósofo, e até parecem, mas nada passam de meros
sofistas.
No caso desses sofistas, pagos para opinarem sobre assuntos, seus diplomas, quando deveriam dar indícios de caráter e de personalidade, acabam deixando claro que a explícita prática de compra de diplomas foi substituída pelo seguinte esquema: uma minora tem acesso ao conhecimento, defendem somente seus interesses, são contratados pela mídia que também é dessa mesma minoria e pronto! Está tudo mantido em poder dessa oligarquia. São jornalistas, escritores, poetas e por aí vai a lista de títulos que se tornam no decorrer apenas ar dentro de seus enormes currículos.
Neste vídeo, o humorista Marcelo Adne satiriza Arnaldo Jabour
Quanto aos patetas blogueiros do youtube falo com mais tristeza.
Se existiu e existe um meio de comunicação revolucionário que permitiu a chance de abalar as estruturas concretas e ideológicas do capital (desde o surgimento da mídia escrita não se via isso), e proporcionou talvez o maior índice de democratização do conhecimento, foi o democratização da internet. No momento que isso acontece, mesmo com todos os limites que ela ainda apresenta, volta-se a oportunidade da informação não ficar somente em poder dessa mídia carniceira mas sim, ser socializada entre as camadas mais baixas da sociedade. Mas lá está o braço do sistema.
São anônimos que tentaram se vender ao máximo mas nem nessa tarefa tiveram êxito. Não conseguindo colaborarem expressando a opinião da mídia, colaboram repetindo os "pierrots" que expressam a opinião da mídia e como o Brasil já possui uma característica fortemente conservadora, lá estão os elogios e admirações exaltando semelhantes discursos.
Mas a democratização da internet ainda faz parte da fonte da minha esperança para conscientização da sociedade e para o processo de identificação dos trabalhadores com sua classe. Mas mesmo assim, ainda temo que ela seja mais utilizada para fortalecer dogmatismos do que para quebrá-los.
Talvez não seja possível diversificar os horizontes diante de tantas potestades mas, por enquanto, a tarefa é fazer o bom trabalho, conscientizando e esclarecendo, tentando dizer que “não é bem assim”, quebrando as estruturas conservadoras da sociedade e ampliando mais os caminhos. Mesmo assim confesso que já fico cansado em ter que falar as mesmas coisas, falar sobre o b-a-ba, ter que explicar que "sem-terra não é ladrão" e "grevista não é vagabundo", e sempre ter que voltar ao início da conversa como de praxe acaba acontecendo.
No caso desses sofistas, pagos para opinarem sobre assuntos, seus diplomas, quando deveriam dar indícios de caráter e de personalidade, acabam deixando claro que a explícita prática de compra de diplomas foi substituída pelo seguinte esquema: uma minora tem acesso ao conhecimento, defendem somente seus interesses, são contratados pela mídia que também é dessa mesma minoria e pronto! Está tudo mantido em poder dessa oligarquia. São jornalistas, escritores, poetas e por aí vai a lista de títulos que se tornam no decorrer apenas ar dentro de seus enormes currículos.Quanto aos patetas blogueiros do youtube falo com mais tristeza.
Se existiu e existe um meio de comunicação revolucionário que permitiu a chance de abalar as estruturas concretas e ideológicas do capital (desde o surgimento da mídia escrita não se via isso), e proporcionou talvez o maior índice de democratização do conhecimento, foi o democratização da internet. No momento que isso acontece, mesmo com todos os limites que ela ainda apresenta, volta-se a oportunidade da informação não ficar somente em poder dessa mídia carniceira mas sim, ser socializada entre as camadas mais baixas da sociedade. Mas lá está o braço do sistema.
São anônimos que tentaram se vender ao máximo mas nem nessa tarefa tiveram êxito. Não conseguindo colaborarem expressando a opinião da mídia, colaboram repetindo os "pierrots" que expressam a opinião da mídia e como o Brasil já possui uma característica fortemente conservadora, lá estão os elogios e admirações exaltando semelhantes discursos.
Mas a democratização da internet ainda faz parte da fonte da minha esperança para conscientização da sociedade e para o processo de identificação dos trabalhadores com sua classe. Mas mesmo assim, ainda temo que ela seja mais utilizada para fortalecer dogmatismos do que para quebrá-los.
Talvez não seja possível diversificar os horizontes diante de tantas potestades mas, por enquanto, a tarefa é fazer o bom trabalho, conscientizando e esclarecendo, tentando dizer que “não é bem assim”, quebrando as estruturas conservadoras da sociedade e ampliando mais os caminhos. Mesmo assim confesso que já fico cansado em ter que falar as mesmas coisas, falar sobre o b-a-ba, ter que explicar que "sem-terra não é ladrão" e "grevista não é vagabundo", e sempre ter que voltar ao início da conversa como de praxe acaba acontecendo.
