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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"O estadio onde não teve greve"

  As greves que paralisaram as obras nos estádios da copa revelaram que a classe trabalhadora, desde aquele momento, não estaria conduzida por paixão a este evento em pleno país de seu esporte favorito, mesmo que este seja. Alguns do estádios que tiveram suas obras paralisadas : Arena Amazonas/AM, Arena Fonte Nova/BA, Arena Pernambuco/PE, Castelão/CE, Estádio Nacional/DF, Maracanã/RJ e Mineirão/MG.
 As conquistas não se limitaram a apenas aumentos saláriais. Vale-refeição, transporte, cesta básica, hora extra, e melhorias de condições de trabalho incluindo melhores equipamentos de segurança integraram as conquistas. Dizer isso significa que mais valor foi tirado dos lucros dos empresários para serem empregados na melhoria das condiçoes de trabalho. O  único estádio que não enfrentou nenhuma greve foi o Itaquerão.
 A grande mídia fez uma grande festa com a construção do Itaquerão. A Odebrecht parecia só se vangloriar de não haver greves no Itaquerão paradoxalmente ao fato de que enfrentavam processos de lutas grandiosos como na Arena Pernambuco. Autoridades foram até as obras festejar. Aldo Rebelo, ministro do Esporte, exaltava com enfase a "evolução impressionante" que apresentava a mega construção e a mídia fazia questão de arrancar sorrisos dos operários como se tudo estivesse perfeito pra eles dando até o "previlégio" de disputar uma partida para inaugurar o local do campo ja terminado.
 "Greve? Aqui não!" Exclamavam torcedores fanáticos entusiasmados pelas honras e glórias entoadas pela mídia burguesa que, fazia isso, principalmente pelo fato de que esboços de luta não passram por alí. Pois bem.
 No começo da tarde desta quarta-feira por volta das 12h50, um guindaste se arrebentou e destruiu parte da arquibancada do futuro estádio do Corinthians ceifando duas vidas que não eram de pertencentes ao grupo de investidores da Odebrecht, tampouco de Norberto Odebrecht. Eles estavam mais preocupados em usufluir dos lucros gerados pelo trabalho dos operários, previlégio este que lhes é assegurado pelo maravilhoso mundo da anarquia capitalista.
 Não bastasse ser roubada todos os dias, a classe trabalhadora ainda tem que colocar a sua vida em risco todos os dias em troca do mísero literalmente "pão de cada dia" que ao chegar em casa se reparte em três, quatro, cinco pedaços enquanto a riqueza do seu trabalho diário vai para o preenchimento abastante e abundantemente megalomaníaco da riqueza e para o entupimento das veias arteriais podres (de um já estado corporal cansado de não fazer nada) de uma minoria que relação mínima tem com o trabalho.
 Fatos como este devem servir para instigar ainda mais o ódio aos opressores e não se deixar levar pelas "palmas" da mídia ou por questões de status como por exemplo, participar da "construção do 1° estádio do Corinthians". Com certeza, processos de lutas que reinvindicassem melhorias em todos os aspectos que interessam aos trabalhadores, diminuiriam (se não extinguiriam) os níveis de possibilidade da catastrofe desta quarta-feira. Foi exatamente através das lutas que hoje não vemos mais cenas como estas:

                                                  Clique nas imagens!










 
Todas estas são imagens da construção do "The Empire State" onde mortes de operários eram frequentes e não faziam diferença aos patrões (ainda não fazem).
 
 
 
Classe trabalhadora sempre!
 
 
 

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